
O dia do acerto de contas de Harvey Weinstein finalmente chegou. Acusado de abuso sexual e estupro por diversas atrizes e produtoras de Hollywood, Harvey se entregou, por volta das 07h30 da manhã desta sexta-feira, 25, às autoridades do 1º Distrito do Departamento de Polícia de Nova York, onde foram retiradas suas impressões digitais e fotografias. Ele deve ser encaminhado para o Tribunal Criminal do Condado de Nova York.
Duas fontes disseram à NBC News que ele pode ser liberado sob fiança de US$ 1 milhão, ou seja, R$ 3,6 milhões, mas que deverá usar um monitor de tornozelo. Pouco antes das 08h30, ele foi acusado de estupro, ato sexual criminoso, abuso sexual e má conduta sexual por incidentes envolvendo duas mulheres, em casos separados. "O Departamento de Polícia de Nova York agradece a essas bravas sobreviventes pela coragem de se apresentar e buscar a Justiça", disse um porta-voz. "A prisão e as acusações seguintes são o resultado de uma investigação conjunta entre o Departamento de Polícia de Nova York e o Ministério Público de Manhattan".
Weinstein, que vestia um suéter azul e um blazer preto, ignorou as perguntas dos repórteres quando chegou à delegacia. Ele carregava três livros, incluindo Elia Kazan: A Biografia e Something Wonderful: Rodgers and Hammerstein's Broadway Revolution. O produtor pediu desculpas repetidas vezes por seu comportamento, mas também negou todas as acusações de "sexo não consensual".
Quase 100 mulheres, desde outubro de 2017, já acusaram Weinstein de assédio sexual e, em alguns casos, de estupro. Nomes conhecidos de Hollywood estão nessa lista, como Angelina Jolie, Salma Hayek, Lupita Nyong'o, Gwyneth Paltrow, Mira Sorvino, Rosanna Arquette, Ashley Judd, Rose McGowan e Uma Thurman. Por meio de sua equipe jurídica, o produtor acabou negando todas as alegações.