O live-action de A Pequena Sereia finalmente chegou aos cinemas!
Trazendo a talentosíssima Halle Bailey como Ariel, a nova produção da Disney apresenta cenas icônicas da animação de 1989, elenco consagrado de Hollywood e uma curiosidade que rodeia os admiradores das telonas: como o mundo dessa clássica sereia foi recriado?
Dirigido por Rob Marshall, o filme nos mostra cenários reais paradisíacos e ambientes incríveis no fundo do oceano. Para isso, o diretor reuniu os seus talentosos e premiados colaboradores para dar vida a uma das histórias mais famosas dos desenhos.
"Embora tenhamos criado um mundo mágico, nosso objetivo era que não parecesse uma animação. Queríamos reimaginar nosso espaço subaquático em um estilo fotorrealista, para que pudesse ganhar vida da maneira apropriada para um filme live-action. Isso foi muito importante para nós", explica Marshall.
E a equipe caprichou nos detalhes. Confira abaixo 10 segredos revelados dos bastidores do live-action de A Pequena Sereia!
Sob a liderança do designer de produção John Myhre, os três ambientes subaquáticos - gruta da Ariel, reino de Tritão e o covil da Úrsula - foram especificamente concebidos em seu próprio estilo, com paletas de cores e tonalidades sutilmente diferentes.
Enquanto a gruta da sereia traz a cor azul mais clara do oceano na superfície, os tons violetas mais escuros refletem o mundo da vilã, ou seja, nas profundezas do oceano. Já o reino do deus marinho recebeu uma paleta de cores vivas e intensas, inspirada em corais e anêmonas reais.
Para contemplar os diversos elementos que compõem o universo visual do reino, Myhre se inspirou na paisagem de Manhattan da década de 1930 e trouxe belos e gigantescos pilares de corais, anêmonas, recifes e outras formações.
Os corais do reino, por sua vez, fazem a transição para outras partes do mar, incluindo as águas mais calmas onde está a gruta da Ariel, construída com formatos que lembram ondas, espirais, areia e coral. Para criá-la, Myhre se inspirou nas formações de arenito do Antelope Canyon, no norte do Arizona, por onde a água do mar correu há milhões de anos, criando formas rítmicas.
Para introduzir a ação do elenco nos ambientes aquáticos criados digitalmente, a equipe usou a tecnologia dry-for-wet, que não envolve água e consiste no uso de uma tela azul sobre a qual os atores e atrizes ficam sustentados através do uso de suportes de alta tecnologia, incluindo cabos, balancins e diapasões.
"Para combinar e muitas vezes neutralizar o movimento dos atores, as câmeras foram manobradas por guindastes telescópicos de 15 metros com cabeçotes remotos panorâmicos", explica o diretor de fotografia, Dion Beebe.
Os atores e atrizes que emprestaram sua voz em inglês a Sebastião [Daveed Diggs], o pássaro Sabidão [Awkwafina] e o peixe Linguado [Jacob Tremblay] trabalharam em estreita colaboração com Marshall na filmagem de captura de voz, usando referência de vídeo para o diálogo e o movimento em um palco redondo.
Seis câmeras registraram as performances do trio, e esse material foi usado posterirormente pelos artistas no desenvolvimento de seus personagens em animação na pós-produção.
Nas filmagens, os atores e atrizes que interagiram com Sebastião, Sabidão e Linguado, contavam com a ajuda de bonecos operados por marionetistas que serviram de referência para a atuação, além de auxiliar em diferentes aspectos técnicos da filmagem.
A história terrestre se passa em diversos locais, como o castelo do século XIX, um mercado colorido e um majestoso navio, todos construídos especialmente para o filme no Pinewood Studios, nos arredores de Londres.
O navio também foi construído em um set externo do Pinewood em um tanque gigante. Em tamanho real, o navio tem lindas velas, um casco de madeira, cordas, mastros e muitos outros elementos desenhados como se fosse do século XIX.
A produção também se realocou para a ilha de Sardenha, na Itália, onde as cenas externas foram filmadas durante várias semanas.
"Era importante encontrar um lugar que transmitisse o drama épico que a história pede. Sardenha tem tudo: as águas cristalinas, as costas deslumbrantes, as falésias e fortalezas, as vastas praias e as estradas rurais", diz Marshall.
As locações de Sardenha incluíram a Cala Moresca, uma enseada e um píer de pesca na costa nordeste, onde as cenas da vila de pescadores e do píer do castelo foram filmadas. Rena Majore foi escolhida como a praia de Ariel, onde ela surge das águas e sobe na rocha.
A rocha foi feita sob medida e levada para Sardenha, sendo colocada na água antes da chegada do elenco. Já as cenas da carruagem com Ariel e Eric foram filmadas na costa de Rena di Matteu.
Adaptando as filmagens às variações climáticas, a equipe liderada por Marshall empregou amplos recursos técnicos e logísticos em Sardenha para as cenas aquáticas, incluindo um guindaste telescópico de 9 metros em um barco para filmar as sequências em que os atores estavam no oceano.
A maior parte da fotografia aérea foi feita com helicópteros e também, em menor escala, com drones para capturar a paisagem.
Você sabia que Halle e as outras seis atrizes que deram vida às sereias fizeram uma preparação intensa, com direito a aula de sereia dentro d'água? Elas receberam técnicas para segurar a respiração, emergir sem perder o fôlego e até se os tons das peles ornariam com as perucas - a fim de servir de base para a equipe de efeitos visuais.