
Uma matéria publicada no dia 22 de junho do jornal New York Times revela como Britney Spears começou a batalha para não ter mais seu pai, Jamie Spears, como tutor, há cinco anos.
De acordo com os documentos confidenciais da corte que foram obtidos pelo jornal, a estrela do pop falou pela primeira vez sobre como era ter Jamie como tutor e como a tutela era restrita em 2016.
Ela detalhou os seus problemas para um investigador da corte, que escreveu em um documento de 2016, de acordo com o New York Times, que Britney achava que seu tutor tinha "controle demais" sobre alguns aspectos de sua vida, como "quem ela namora e qual é a cor dos móveis de sua cozinha". O investigador escreveu: "Ela afirmou que a tutela se tornou uma ferramenta opressiva e controladora que podia ser usada contra ela".
O New York Times também escreveu que Britney queria que a tutela acabasse. O investigador afirmou: "Ela está 'cansada de ser usada' e revelou que é ela quem está trabalhando e ganhando o dinheiro, mas todo mundo em volta está ganhando com isso".
A matéria também detalhou a frustração de Britney com a falta de independência financeira, ressaltando que as pessoas em volta dela queriam controlar o quanto ela gastava. De acordo com o NYT, Britney disse para o investigador da corte que ela era acompanhada por seguranças o tempo todo e eles, junto com sua assistente, determinavam quando ela podia usar o cartão de crédito.
Britney também disse que desejava reformar os armarinhos de sua cozinha em sua casa, mas seu pai vetou ela de fazer isso para não ter gastos. De acordo com o documento, Britney ganhava uma mesada semanal de 2 mil dólares, uma pequena fração dos milhões que ela ganhava com sua residência em Las Vegas.
Além disso, a cantora de Toxic disse para o investigador que ela tinha que fazer vários exames por semana para ver se tinha usado drogas.
O NYT afirma que Britney tinha "muito medo" de sua tutela, porque, de acordo com os documentos, "qualquer erro resultava em consequências 'bem graves'".
O investigador da corte afirmou que isso fez com que a cantora de 39 anos ficasse "bem brava" e Britney acreditava que seu pai era "obcecado" em controlar ela. Porém, o investigador também disse que Britney ainda tinha interesse em ter outro tutor, por causa de suas "finanças complexas, suscetibilidade a influências indevidas e problemas 'intermitentes' com drogas".
O investigador escreveu no documento que a corte deveria abrir um "caminho para a independência da cantora e eventual fim da tutela".
Em outra reunião, em 2019, Britney falou novamente sobre suas preocupações com a tutela, quando um repórter do NYT afirmou que ela contou para a corte que "se sentiu forçada a entrar em uma clínica de saúde mental por causa da tutela e até a se apresentar contra sua vontade".
Em março, a advogada de Jamie, Vivian L. Thoreen, disse para a revista People que a cantora de Womanizer pode acabar com a tutela se ela quiser. "A qualquer momento que ela quiser acabar com a tutela, ela pode preencher uma petição com seu advogado para terminá-la; ela sempre teve esse poder em 13 anos e nunca exerceu ele", disse a advogada. "Britney sabe que seu pai a ama, e que ele vai estar lá sempre que ela precisar - com tutela ou não".
A advogada adicionou que Jamie "fez suas obrigações como um dos tutores de Britney e o amor pela sua filha e a dedicação em mantê-la protegida é aparente na corte".
Naquele mesmo mês, a equipe legal de Britney pediu que Jodi Montgomery se tornasse a tutora permanente de Britney. A profissional licenciada ficou no posto temporariamente quando Jamie teve problemas de saúde em 2019.
Apesar de Britney ter pedido para Jamie não ser mais seu tutor, ele ainda permanece na posição de co-tutor, junto com a Companhia Bessemer Trust.
A estrela do pop vai falar com a corte diretamente nesta quarta-feira, 23 de junho. Em abril, o advogado dela, Sam Ingham, pediu para o juiz uma reunião para Britney "falar algo rapidamente", mas não deu mais detalhes.
O E! News tentou falar com os representantes de Jamie e Britney, mas eles não responderam.