Paulo Gustavo, que faleceu na última quarta-feira, 4, após longa luta contra a Covid-19, não tinha comorbidades, revelou a equipe médica do hospital Copa Star, no Rio. Em entrevista ao Fantástico, nesse domingo, 9, os médicos explicaram que a asma de Paulo era leve e estava há muitos anos controlada, portanto não teve nenhuma interferência em seu tratamento.
"Não, não tinha nenhuma doença", afirmaram os médicos, sobre o humorista estar no grupo de risco.
Segundo a reportagem do programa, nos dias anteriores à sua internação o ator já tinha sido diagnosticado com coronavírus e monitorava a doença em casa com um oxímetro. No entanto, a doença avançava de forma muito rápida.
Nesses primeiros dias, Paulo fez três tomografias. Na primeira, tinha menos de 10% dos pulmões comprometidos; na segunda, 25%; e na terceira tomografia já estava com 75% dos pulmões acometidos.
No início da internação, Paulo apresentou uma melhora, porém, sua situação piorou a partir do oitavo dia. "Respirando com certo cansaço, certo esforço, e nesse ponto fizemos uma nova tomografia que mostrou praticamente cem por cento de área pulmonar acometida", disse o chefe de terapia intensiva, Fabio Miranda. A equipe então decidiu intubar o artista.
Durante os 53 dias internado, Paulo sofreu diversas complicações, que eram controladas, mas logo em seguida, os exames detectavam um novo problema. "As medidas corretivas eram tomadas, e ele passava a melhorar. Menos de 48 horas, surgia uma outra complicação", revelou Fabio.
Os médicos também explicaram que o quadro de embolia gasosa, descoberto no domingo antes de sua morte, debilitou os órgãos de forma irreversível.
"Detectamos que o sistema nervoso central, o cérebro e o coração foram órgãos imediatamente atingidos por essa quantidade de ar. Não tem como corrigir isso", disse Fabio.