Meghan Markle, que se tornou a primeira da realeza britânica a votar para presidente dos EUA, teve envolvimento na biografia Finding Freedom. Os documentos judiciais mostrados ao Tribunal Superior nessa quarta-feira, 18, obtidos pelo E! News, mostram que Meghan e Príncipe Harry não falaram com Omid Scobie e Carolyn Durand no livro.
No entanto, os representantes legais de Meghan, revelaram que a duquesa falou com uma amiga que ela sabia que estava trabalhando com os autores, com a preocupação de que seu atrito com o pai, Thomas Markle, fosse mal interpretado.
Os documentos afirmam que "a requerente [Meghan] estava preocupada que a narrativa de seu pai na mídia, dizendo que ela o abandonou e nem ao mesmo tentou contato com ele (o que é falso) fosse repetida, quando de fato, ela tentou ligar para ele e mandar mensagens, e até escreveu uma carta para tentar persuadi-lo a parar de lidar com a mídia; e ele escreveu de volta para ela".
Como resultado, os advogados alegam no processo: "Consequentemente, ela indicou a uma pessoa, que ela sabia que já tinha sido abordada pelos autores, que a verdadeira posição acima (que essa pessoa e várias outras que conheciam a Requerente já sabiam) poderia ser comunicada aos autores para evitar qualquer deturpação futura. Ela não sabe até que ponto ou em que termos este item de informação sobre suas comunicações com seu pai foi compartilhado com os autores".
Além disso, os advogados de Meghan esclareceram que Meghan colaborou com Príncipe Harry e o Secretário de Comunicações Jason Knauf, nos conteúdos da infame carta que ela enviou a seu pai, mas não como parte de uma "estratégia de mídia", como alega o Mail on Sunday.
"Uma vez que foi decidido que a Requerente escreveria para seu pai, a Requerente informou que o Sr. Knauf não era apenas um conselheiro de confiança, que tinha falado com o pai da Requerente várias vezes, especialmente antes do casamento, e estava ciente do seu estado de saúde, mas ele também foi responsável por reportar (como exigido pelo protocolo do palácio) o fato de que a Clemente ia escrever ao seu pai, para as pessoas mais sêniores na família Real, todos os quais tiveram que ser mantidos informados de quaisquer questões voltadas para o público (o espetáculo da mídia em torno do Sr. Markle sendo uma dessas questões)".
Os advogados ainda alegaram que Meghan primeiro escreveu um rascunho em seu iPhone, que foi compartilhado com Jason e Príncipe Harry "para apoio, já que esse foi um processo profundamente doloroso que eles viveram com ela".
Depois de Meghan, Jason e Harry concordaram com a versão final, ela escreveu a carta à mão para seu pai, no qual mais tarde foi publicada pelo The Mail On Sunday.
O time legal de Meghan também nega a ideia de que ela e Harry tiveram a aprovação final nos conteúdos de Finding Freedom, assim como a ideia de que eles tenham recebido ajuda financeira de fundos do contribuinte.
Essas alegações foram feitas em resposta ao Associated Newspaper, no qual ela está processando por violação de privacidade, violação de direitos autorais e violação de proteção de dados. O Mail on Sunday argumentou que ela e Harry renunciaram ao seu direito à privacidade quando supostamente colaboraram com os autores do Finding Freedom no conteúdo do livro.
Representantes do casal disseram ao E! News que, "O duque e a duquesa de Sussex não foram entrevistados e não contribuíram com Finding Freedom. Esse livro é baseado nas próprias experiências dos autores como membros do corpo da imprensa real e suas próprias reportagens independentes".
O julgamento de privacidade estava marcado para iniciar em janeiro de 2021, mas o time legal de Meghan pediu para adiar o julgamento até o outono, por razões "confidenciais".
Momentos históricos de príncipe Harry e Meghan Markle: