A Netflix apresenta mais uma novidade brasileira em seu catálogo: Irmandade. A série foi lançada no início do mês em coletiva de imprensa com o elenco e diretor Pedro Morelli, em São Paulo.
No entanto, só na madrugada desta sexta-feira, 25, Irmandade foi liberada pelo serviço de streaming. E apenas pelo elenco de peso, vale a apreciação: Seu Jorge, Naruna Costa, Lee Taylor, Pedro Wagner e Danilo Grangheia.
Ambientada na década de 90, a atração conta a história de Cristina, uma honesta advogada que descobre, após longos anos de separação, que o seu irmão Edson está liderando uma facção criminosa de dentro de um presídio.
Segundo Morelli, dois anos foram necessários para a elaboração da série. "Eu já tinha interesse sobre esse tema [facções criminosas]", revelou o diretor, que explicou o uso de uma protagonista.
"Surgiu a ideia de fazer com uma mulher e abordar esse universo através da ótica da mulher. Pra ter uma protagonista neste contexto, a gente precisava estar na era de antes do celular. Por isso a gente escolheu os anos 1990. A partir do momento que você já tem o celular, os presos se comunicam entre si e as mulheres se fazem menos necessária".
Por sua vez, Naruna se disse bastante satisfeita com seu trabalho, especialmente com Morelli. "O Pedro é um diretor que escuta e está disposto a dialogar. Isso facilitou o trabalho", explicou a atriz.
Para Seu Jorge, interpretar seu personagem foi bastante intenso e profundo.
"Eu não encontrei nada sozinho, tive um trabalho coletivo. Essa pesquisa foi feita em conjunto", mandou o artista. "Foi um trabalho intenso. Acho que todo acabamento foi dado lá no presídio. A locação, o ambiente, o objeto de cena, as coisas iam acontecendo. É um personagem de muita força".
"Senti muito forte o valor que tem a liberdade. Foi rico, não ficamos só no plano da fantasia, ficamos bem perto de uma realidade que está aí e fomos acolhidos com respeito. De todos os aprendizados que tive, esse foi um dos mais importantes", finalizou ele.
Com 280 pessoas, Irmandade, que conta com 8 episódios, foi gravada em mais de 40 locações, incluindo uma ala desativada do presídio de Curitiba.
Vale a pena a maratona!