
R. Kelly, acusado de abuso sexual, negou mais uma vez as alegações. Nessa quarta-feira, 9, Kelly comemorou seu aniversário de 52 anos na balada V75 Lounge, em Chicago, e se pronunciou ao público.
O rapper foi acusado de má conduta sexual por diversas mulheres e foi tema do documentário da Lifetime, Surviving R. Kelly e parece ter mandado um recado para toda a repercussão da polêmica.
Com o microfone em mãos ele disse: "Alguém faça barulho. Seus filhos da mãe vocês sabem que é a porr* do meu aniversário e essa noite eu não dou a mínima para o que está acontecendo".
Kelly completou 52 anos no dia 8 de janeiro e enquanto se apresentava, os fãs gravaram vídeos e entusiasmadamente cantaram e gritaram enquanto ele falava, de acordo com as filmagens da cena abaixo. Aviso: o vídeo contém linguagem explícita.
De acordo com o TMZ, alguém chamou a polícia para o cantor alegando que havia um mandado para sua prisão. A polícia de Chicago confirmou ao E! que eles responderam a um chamado de uma pessoa procurada à 1 da manhã na área da balada, mas nenhuma prisão foi feita.
O TMZ já havia revelado que o documentário da Lifetime estimulou a Procuradoria da Comarca do Condado de Fulton, na Geórgia a iniciar uma investigação.
Nessa quarta-feira, 9, Lady Gaga se pronunciou sobre o assunto e pediu desculpas pela parceria que fez com R. Kelly em 2013.
"Eu estou por trás dessas mulheres 1000%, acredito nelas, sei como estão sofrendo e na dor, e sinto fortemente que suas vozes devem ser ouvidas e levadas a sério. O que eu ouvi das alegações contra R. Kelly são completamente horríveis e indefensáveis. Como uma vítima de abuso sexual, eu fiz tanto a música quanto o clipe em uma época obscura da minha vida, minha intenção era criar algo extremamente desafiador e provocativo porque eu estava brava e ainda não tinha processado o trauma que tinha ocorrido na minha vida. A canção se chama Do What You Want (With My Body) [Faça o que quiser - Com meu corpo]. Acho que é claro o quanto minha cabeça estava explicitamente confusa naquela época", escreveu ela.
"Se eu pudesse voltar no tempo e ter uma conversa com minha versão jovem eu diria a ela para fazer terapia, que eu tenho feito desde então, e assim eu poderia entender o confuso estado pós-traumático em que eu me encontrava- ou se a terapia não estivesse disponível pra mim ou alguém em minha situação - para procurar ajuda e falar o mais abertamente e honestamente possível sobre o que nós passamos".
"Eu não posso voltar, mas posso seguir em frente e continuar a apoiar as mulheres, homens e pessoas de todas identidades sexuais, e de todas as raças que são vítimas de abuso sexual. Eu tenho demonstrado minha posição sobre o assunto por muitas vezes em minha carreira. Eu compartilho isso não para arranjar desculpas para mim mesma, mas para explicar. Até acontecer com você, você não sabe como é. Mas eu sei como me sinto agora", disse ela.
Veja abaixo a galeria Marcha das Mulheres em Cannes 2018:
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